sexta-feira, 27 de julho de 2012

Os Sábios de Israel - As Eleições de Jesus


   A decisão de crer em Jesus como Filho único de Deus não é tarefa simples para nós humanos. Jesus mesmo ensinou que ninguém vai até Ele se Deus Pai não levar. Igualmente, aprendemos que somente aquele que invocar o nome do Filho de Deus irá encontrar salvação e ressurreição – Vida Eterna!
   Discernir e agir em meio aos movimentos de Deus – que nos leva pra Jesus; e assumir nosso particular movimento – crer em Jesus, não é experiência que podemos controlar. Somente, pela Fé, experimentar. Este voto de compromisso com Jesus que nas Igrejas Presbiterianas chamamos Pública Profissão de Fé, não acontece através de documento cartorial. Mas é ato de Adoração a Deus, que aquele que crê vivencia na celebração do Culto quando afirma sua fé no Salvador Jesus perante a comunidade (igreja).
   Esta complexa “eleição” de Jesus como Salvador de nossa existência carrega consigo, então, o voto e declaração daquele que crê – sua Profissão de Fé. Neste momento surge a orientação do Sábio de Israel: “É melhor não fazer voto do que fazer e não cumprir”. (Eclesiastes 5.5)
   Importa bem compreender o voto a fim de que sua obediência seja facilitada, e eficaz. As igrejas evangélicas que surgiram nos últimos 50 anos carregam consigo a ideia de um Jesus vitorioso nas causas terrenas, de sobrevivência e prosperidade do homem. As igrejas evangélicas históricas tem em sua consciência (também) a necessidade do livramento do inferno e suas dores – o que transparece no ensino que convoca pela (rápida) afirmação de Fé naquele que leva os homens ao céu.
   No entanto, o voto ao Messias dado por aquele que crê – a partir do mover divino que o levou pra Jesus; não é compromisso pra junto de Deus realizar prosperidade hoje ou livramento do inferno amanhã.  Ainda que as (boas) consequências de andar com Deus incluam tais propósitos , a declaração de Fé em Jesus não significa uma dedicação à realização destas bênçãos. A Fé em Jesus é um compromisso para Salvação de Pecados!
   A Pública Profissão de Fé e o Batismo na Igreja de Jesus representam a confiança e o compromisso de “ser e pertencer” a Jesus nos dias atuais. E Jesus... é o cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo. Assim, o voto atual, neste mundo, nesta existência, de todo que crê em Jesus - é uma Profissão de Fé no compromisso de salvação... de pecados. Salvação que acontece no arrependimento e contínuo abandono dos pecados. Salvação que acontece na busca e contínua experiência das virtudes da vida de Jesus.
   As eleições divino-humanas em Jesus são experiências de vida à qual Deus nos chama para livrar-nos de pecados (atos contrários aos mandamentos), a fim de colocar no seu lugar a prática da santidade de Jesus (Sermão do Monte). É este o voto e compromisso, profissão de fé e batismo, declaração de nossa crença em Jesus, enfim, que tem relação com a nossa vida hoje. Prosperidade e livramento do inferno são benesses que pertencem a Deus. A nós pertence o sábio voto de abandonar pecados e adquirir virtudes (do Espírito Santo). Boa eleição!

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Ser Cristão - Fé e Obras



O conflito entre o valor da fé e das obras no Cristianismo somente existe quando meditamos nele fora da Bíblia. Dentro das Escrituras, Fé em Cristo gera Obras cristãs e ambas realizam-se uma na outra. “Abraão, nosso pai na fé, não fez "a obra que Deus queria" quando levou seu filho Isaque ao altar do sacrifício? Não é obvio que fé e obras são inseparáveis"? Não está claro que a fé se expressa nas obras e que as obras são "obras de fé"?" (Tiago 2.21-22)

A Fé Cristã não é intelectual a ponto de sermos crentes a partir do entendimento lógico da obra salvadora de Jesus. A Verdade do Evangelho não ensina que somos salvos pelo fato de bem compreender a doutrina evangélica da Cruz de Cristo. Não adoramos a Deus quando cumprimos ritos e obedecemos regras de nossa denominação. Nossa fé em Cristo não é um conhecimento ou obediência ritual – mas é sim, Comunhão com Deus Pai!

Comunhão é encontro e relacionamento que gera atitude e experiência de vida - nesta vida! Foi assim que Abraão afirmou sua Fé ao vivenciar a experiência paterna para com Isaque a partir da Palavra e junto à Presença de Deus Pai. Quando Abraão se fez homem-pai-servo confiando no ensino bíblico que o desafiava a experimentar o propósito do Senhor, adquiriu a oportunidade de "andar com Deus" naquela situação de sua vida terrena. Abraão, enfim, experimentou um relacionamento vivencial para com Deus, pois creu e buscou a pessoa divina a partir do anúncio bíblico de sua existência perto dos homens. 

São estes os momentos vivenciais entre homens e Deus que permitem ao Senhor anunciar grandemente sua santidade e misericórdia à humanidade. A santidade é a perfeição de seu  caráter e o propósito existencial excelente com que Deus vive, ofertados aos homens enquanto possibilidade de vida pela bondade e favor divinos. Eis como Deus vai revelando seu caráter e amor aos homens de fé pela vida de um deles: através das obras de fé daquele que crê. 

Os anos de vida de um cristão ou comunidade de cristãos (igreja) são seu particular desafio e oportunidade de “aperfeiçoar” a Fé Cristã – e isto é verdadeiro a qualquer ser humano em qualquer época. Pois o propósito para o qual existimos no planeta enquanto cidadãos cristãos e Igreja de Jesus permanece uno: ser testemunhas da Fé através das Obras... Cristãs! Eis a essência da vida do Corpo de Cristo.

Fé e obras - estas praticando aquela, quando se unem para realizar o convívio  de nossa pessoa com o Espírito de Deus, geram vida cristã, comunhão com Deus - Salvação!   “Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens aos quais ele concede o seu favor.” (Lucas 2.14)

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Graça de Jesus - Bem vindos os desgraçados



            O fato de Deus Pai Soberano se relacionar com todos nós – raça humana, através de Jesus Cristo, revela um dilema cruel aos homens, especialmente os religiosos. Trata-se do princípio pelo qual Deus decidiu falar e viver com a humanidade nos dias de hoje – a Graça de Jesus!

           Este princípio e ação pelo qual Deus visita nosso mundo e por aqui nos abençoa, é incompreensível às noções humanoides de justiça e correção – o padrão mor dos religiosos e, também, dos homens de bem. Daí, o paradoxo. Afinal, pra resolver a distorção humana do pecado – imperfeição, que gera rebeldia – maldade, contra Deus – e o próximo, definiu Deus agir amplamente neste nosso humano mundo, pela divina justiça da Graça.
            Certamente, este padrão de relacionamento que trata os dilemas morais entre o Deus Santo e a humanidade imperfeita, aproximando uns ao Outro, através da misericórdia constante e recomeços diários – permanece uma (sábia) loucura. Mas vale a reflexão.
            Pense nisto: Quem você escolhe: Um adúltero assassino ou um enganador usurpador? Um perseguidor dos cristãos ou um traidor do Messias? E então, qual deles é menos ruim, a fim de que Deus nele atue com especial justiça e compreensão.
Meditando além: quem é teu padrão de seguidor de Deus: O Rei de Israel ou um Patriarca da Fé? O Missionário mor do Cristianismo ou o Líder dos Apóstolos do Senhor? Afinal, em qual deles você se espelharia na busca de orientação para tua vivência cristã: Davi ou Jacó? Paulo ou Pedro?
            O adúltero assassino é o mesmo Davi, maior rei de Israel. O patriarca Jacó é o enganador e ladrão de bênçãos familiares. Paulo é o padrão de missionário cristão, conquanto fora também feroz perseguidor do evangelho. Pedro traiu Jesus, o Cristo, três vezes.
            O arrependimento dos pecados não reverteu a situação – Jacó enganou Esaú e tomou-lhe a primogenitura e a benção paterna. Davi matou Urias e permaneceu casado com a mulher deste, Bate Seba. Paulo organizava perseguições e aprovou a morte de Estevão, que permaneceu falecido. Pedro deixou Jesus só e o Messias sofreu sozinho naquela noite. Todos os pecados cometidos permaneceram sem solução e tratamento em suas consequências – pra sempre.
            Mas Deus perdoou os grandes pecadores – arrependidos, pra sempre, também. E fez deles líderes de seu Povo e Igreja. Quando abandonaram a rebeldia para com Deus e creram em bem seguir os passos d´Ele, ganharam nova chance (e vida). Por quê? Porque os humanos são salvos pela graça, por meio da fé em Jesus; e isto não vem de nós, é dom de Deus. Não é por obras – capacidade e padrão de justiça terrenos, a fim de que, por aqui, ninguém se glorie. Eis, enfim, a Justiça de Deus que resolve os problemas dos homens – ou, tira o pecado do mundo. A Graça de Deus.

          

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Os Sábios de Israel - O Sentido da Vida

O sentido da vida segundo os Sábios de Israel... é que a vida não tem sentido!
Se nossa busca de sentido pra vida for a definição de uma direção por onde ir, descobriremos que não há novos destinos a seguir por ninguém ainda andados. E a limitação do tempo e da morte permanecem em todos estes caminhos já trilhados.
Se procuramos um conhecimento novo ou criativa interpretação do que já se disse, percebemos - de verdade, que não há nada de novo sendo dito que já não o foi antes. E nisto perceber, já sabemos que a exisência humana permanece limitada. E ao buscar lugares diversos a fim de melhor satisfazer esta nossa ansiedade existencial, saberemos que as geografias do mundo - céu e terra, geram surpresa e sossego, assombro e adrenalina, mas, certamente, não nos livram de um dia que finda e de uma história de vida que irá se acabar, sim.E toda conquista personal ou material, reconhecimento e obras, não conseguem também, resolver o drama distante - mas próximo do fim, do além, enfim.
Uma vida humana sem sentido é percebível ainda, posto que nossas conquistas ficarão para quem delas enganoso ou mau uso fará. Os lugares visitados trarão transformações somente situacionais e incapazes de em nós permanecer ao dali sairmos. A direção definida de nosso viver certamente trará coerência e conquistas, mas não significa que o vivenciado e alcançado irá permanecer e definitivas respostas à vida trazer.  E finalmente, o conhecimento que parece novo já foi melhor descrito em tempos outros, naqueles em que a época e a mente dos homens melhor se dedicavam aos exercícios mentais.
O sentido da vida é que a vida não tem sentido, ponto.
Porém, portanto e todavia. Os sábios de Israel não são mal humorados. Apenas realistas.
Mas uma resposta ou proposta de existência satisfatória e interessante, pra todos nós, os sábios também tem!
O sentido da vida não é uma direção pra vida ou o que nela se conquista. Não é um conhecimento fundamental nem mesmo os melhores lugares da terra pra estar.
O sentido da vida é simplesmente... o jeito como a vivemos. A maneira como vivenciamos nossas vidas e história, momento a momento, existindo então, dia a dia, e sempre.
Se sabiamente soubermos o jeito de viver a vida, nossa vida não será definida pelas direções em que iremos, até porque serão muitas. Nem pelas conquistas e perdas que teremos, pois ambas haveremos de ter. Nem ainda todo conhecimento aprendido e até apreendido, cada qual com seu valor e hora - somente isto, irá tentar definir, ou pior, satisfazer nosso viver. Também, nem ainda lugares (incríveis) e sensações (até sensacionais) neles vividos, saudosas e rápidas como o sol da tarde - que cai mesmo; nos permitirão sentido pra vida, somente algum sentir, nada mais, certamente.
Mas... ao descobrir um jeito de "como" viver a vida, o jeito de bem vive-la mesmo - inteira e em qualquer situação: tornaremos toda nossa existencia em um tempo com sentido. Pois vamos aprender a "ser" em toda situação e lugar, escolha e decisão, derrota e vitória e, junto de qualquer pessoa.
É somente experimentando a vida toda que temos na pessoa verdadeira que há em nós - e somos, que começamos finalmente a perceber sentido pra vida. Vida que muitas vezes nós só respiramos.
Sabendo que o sentido da vida não está em seu sentido, mas sim no jeito que se vive, a sabedoria final e completa dos Sábios de Israel... é Cristo! Por que?
Pois ninguém viveu a vida humana tão satisfatória e amplamente como Jesus, o Cristo.
E aí, o sentido da vida agora passa a ser uma pessoa - aquela que viveu a vida sempre com sentido. Faz sentido!
Jesus experimentou uma satisfação e uma realidade existencial tão fortes no seu jeito de viver a vida... que a vida dEle continuou após a morte. E viver assim. E pra sempre - eis, definitivamente, o sentido da vida.
Você já viveu algo que te colocou na eternidade?
Ou você apenas pensa na eternidade... enquanto ideal ou poesia?
Lembre-se: o sentido da vida é o jeito de (bem) vive-la. Tão real e fortemente, que se enxerga a eternidade.
E aí, Jesus é... o caminho, a verdade e a vida.
Pois, afinal, ninguém vai a Deus Pai - pra viver pra sempre lá com Ele, se não por "Ele". Abraços.

Ser Cristão - A Hora do Inferno




A Hora do Inferno

Uma das maiores audiências do cinema tem sido a série “Hora do Pesadelo”, com diversos capítulos e reprises. Mas nem mesmo o filme “Titanic” alcança maior bilheteria do que “A Hora do Inferno”. Não mesmo. Afinal, analisar e condenar os pecados uns dos outros é comumente o “filme” predileto da humanidade desde que o mundo é mundo. Enviar alguém ao Inferno ou ao Juízo divino – o que dá na mesma, após cuidadosa ou rápida avaliação dos pecados do cidadão; é hábito comum dos habitantes deste interessante planeta desde sempre. Por isso mesmo, “A Hora do Inferno” ganha disparado a preferência dos humanos enquanto filme e seriado. Haja audiência.
Mas o promotor primeiro e acusador superior dos homens, o anjo Maligno Satanás, ensinou até seus discípulos angelicais a pedir misericórdia a Jesus a fim de que não fossem – antes da hora, enviados eles mesmos ao inferno (Lucas 8. 30 -33). Misericórdia em tempo oportuno, porém, é o que Satanás e os homens não oferecem à humanidade em geral – a Condenação aos pecados e o Juízo rápido são o pensamento e palavra primeiros dos Demônios e dos Religiosos, sempre.
Jesus, porém - sempre ele, não agiu assim! Quando observou seus discípulos com olhar religioso definir os galileus sacrificados como pecadores maiores entre o povo da Galiléia – já que sofrendo desgraça maior que a comum aos homens; foi direto em bem revelar-lhes o erro: “Vocês pensam que esses galileus eram mais pecadores que todos os outros, por terem sofrido dessa maneira? Eu lhes digo que não! Mas se não se arrependerem, todos vocês também perecerão.” (Lucas 13.2-3). O Salvador dos homens rapidamente ofereceu a perspectiva de Deus Pai na mensagem do Evangelho  quando deparou com os homens analisando uns aos outros em seus pecados: todos são pecadores e iguais, e por isso mesmo, todos necessitam igualmente se arrepender... a fim de que sejam salvos – eis a palavra de Deus a todos os homens pecadores. Ponto final!
Jesus contou ainda a parábola da figueira anunciando igualmente Sua missão e a de seus seguidores (Lucas 13.6-9): a árvore sem fruto já deveria ser cortada, mas, eis o tempo da misericórdia de Deus que já chegou e, assim, um bom viticultor – ou cristão, irá cavar ao redor e adubar bastante a figueira a fim de que se regenere a planta e seja salvo o cidadão. Deixa o inferno pra depois. Agora, é "A Hora do Evangelho". Anuncie e assista. Aleluia!

Cristianismo e Cultura - Rock´n roll

A Graça Comum de Deus é importante doutrina cristã que tomou forma e bem se desenvolveu conforme o pensamento de João Calvino.
Ao reconhecer a origem do homem e de todo seu potencial a partir da Ação Criadora de Deus, e o desenrolar da vida humana ocorrendo debaixo da Soberana vontade divina; percebeu João Calvino que o que honra e dignifica ao Senhor não é somente o que está conforme a Graça Especial do Evangelho de Jesus, nem necessariamente o que está conforme as orientações religiosas. Deus é honrado e dignificado como Criador e Senhor quando o ser humano usa seu potencial de dons e talentos a fim de organizar e enriquecer a  sociedade dos homens - projeto e propósito de Deus na Criação do mundo dos humanos. 
Desta forma, a cultura humana não surge do potencial do homem pecaminoso, mas sim, tem origem exatamente quando o homem foi por Deus criado e se organiza a partir dos dons e talentos ali aos humanos doados - um favor divino e por isso, Graça Comum de Deus aos homens.
A partir deste entendimento, Calvino libertou os dons dos homens para a formação da vida social da humanidade, livrando-os das regras da religião, seja da religião romana, seja da religião anabatista ou da religião puritana - que sempre buscaram tutelar a cultura. 
João Calvino, porém, advindo o Evangelho, percebeu que era tempo de não mais tutelar a cultura, mas sim, liberta-la aos propósitos soberanos de Deus - seja da Graça Comum para riqueza da vida social, seja da Graça Especial para iluminação espiritual da alma do homem. Pois o relacionamento com Deus em Jesus e no governo do Espírito Santo permite e provê uma liberdade de adoração e temor maduros do homem para com o Senhor. 
E a música e seus ritmos e tons é exatamente fruto da cultura humana, e que deverá servir tanto para enriquecer a Graça Especial, como também se faz digno e honrado quando alegra a festividade do homem comum em seu cotidiano social. Pois Deus assim nos provê e governa. Ainda que possamos debater e refletir acerca do uso e propósito do ritmo Rock para a Adoração e Louvor no Culto orientado ao Evangelho do Senhor; não podemos desprezar este ritmo enquanto boa obra da cultura humana. Importando reconhecer que, ao servir-se de letras e valores cristãos em seu uso, adquire o ritmo "rock" ainda maior valor. Afinal, todo som e melodia comuns à humanidade e que nada comunicam do Cristianismo, já se fazem ação cultural digna para com Deus. Quanto mais, então, um bom ritmo envolto em letras da Graça Especial assim o será. Abraços.