Cidadania
é o valor de inclusão do ser humano na coletividade de que faz parte, a fim de
que assuma deveres comuns de cuidado e progresso moral da vida de seus iguais. Essencialmente
é atuação política, pois direcionada ao bem comum construído a partir da
sociedade organizada, e por isso, orienta o homem a agir enquanto cidadão
nacional dentro do estado organizado. Ainda, podemos agregar à expressão “cidadania”
toda e qualquer vivencia responsável do homem enquanto ser deste mundo.
Neste amplo
reconhecimento do homem como cidadão do planeta e ser moral responsável perante
toda criação , olha-se a cidadania como dever moral em todo e qualquer papel
relacional que temos na sociedade humana desde que nascemos. Seja inicialmente
como filhos ou irmãos, e futuramente como pais, sem esquecer as básicas relações
sociais escolares e parentais, a cidadania de todos nós requer o entendimento e
necessidade de nossa atuação moral em toda e qualquer experiência social que
constrói a sociedade dos humanos.
Mas, e
os cristãos? Qual sua cidadania primeira? A quem respondem eles moralmente em
primeiro lugar – a Cristo ou aos homens? São eles, ou nós, Cidadãos cristãos ou
Cristãos cidadãos? Posto que Cristo não
trouxe somente paz, mas igualmente espada ao mundo, é fundamental perceber se
amamos mais a nossos pais e filhos do que a Ele, Jesus. Pois se assim for, dEle
já não somos mais dignos. Ou, como bem maravilhosamente ensina Eugene Peterson:
“Se me rejeitarem por preferirem o pai ou a mãe, vocês não me merecem. Se forem
mais dedicados ao filho ou à filha que a mim, vocês não me merecem.” (Mateus
10.37)
O
marido cristão precisa dar o máximo de amor à esposa. A esposa cristã precisa
entender e apoiar integralmente seu marido. Os filhos cristãos precisam fazer
tudo que seus pais mandarem. Amém! Mas, enquanto se amam e respeitam, dão e
recebem obediência, os humanos maridos e esposas, e ainda os filhos,
precisam analisar qual é o valor primeiro de sua cidadania atual. Daí a
reflexão: Cidadãos cristãos, já que a obediência a Cristo é determinada pelo
papel moral social familiar, seja marido, esposa ou filho? Ou, diferentemente,
Cristãos cidadãos, quando a obediência a Cristo abraçar primeiramente o anúncio
e missão do Evangelho aos seus queridos, mais gravemente do que o amor e
respeito devidos? E agora, José?
A
verdade é que iremos amar e respeitar ainda mais o cônjuge e filhos, irmãos e
pais, desde que sejamos para com eles, primeiramente Cristãos e depois e
rapidamente cidadãos. A responsabilidade moral do pai pelo filho e da esposa
pelo marido, e vice-versa, existe até certa idade e situação – isto é fato. A responsabilidade
moral de um cristão para com seu próximo, esteja ele em dificuldades terrenas
ou espirituais (salvação)... é eterna!
Cristãos são aqueles que superam a (boa) cidadania social pela espiritual, vivendo no mundo perante seus próximos enxergando-os como "perdidos" que precisam de salvação, e não apenas enquanto filhos e pais a quem devemos respeito e (boas) obrigações familiares; seja a educação até a maioridade ou o cuidado e atenção na velhice.
Cristãos são aqueles que superam a (boa) cidadania social pela espiritual, vivendo no mundo perante seus próximos enxergando-os como "perdidos" que precisam de salvação, e não apenas enquanto filhos e pais a quem devemos respeito e (boas) obrigações familiares; seja a educação até a maioridade ou o cuidado e atenção na velhice.
Mesmo que você venha a desrespeitar a religiosidade de seus pais ou a falta desta em seus
filhos, não deixe de anunciar amorosa e sabiamente o Evangelho de Jesus a eles. Pois os cristãos, ora, os Cristãos são cidadãos de Cristo – e não
há maior amor e respeito ao mundo, e aos familiares, do que este. Jamais!
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